Entre as linhas dos
meus textos, tropeço em meus sentimentos. Até poderia mentir, segurando-me nos
pontos e tomando cuidado com as vírgulas indecisas que você deixou em mim. Mas eu sei, seria
desnecessário tentar. E nem é preciso, pois antes, sei que ironicamente
ofusquei, e talvez, agora seja tarde demais para correr atrás de pontos mal
colocados. Mas é justo que eu desista, quando você me ensinou a insistir?
Na nossa história de
desencontros e ironias, qualquer hipérbole me chamaria a atenção. Mesmo sabendo
que por ser hipérboles, e saindo da sua boca, seriam falsas. Afinal de contas,
de um meio-termo; meio-verso, não se espera muito das palavras, muito menos de
exageros sentimentais.
E esperar algo das
suas ironias, não pode significar outra coisa, senão o fato de eu não ter
desistido. Porque afinal de contas, as vírgulas que você colocou não são pontos
finais. E essa história ainda não acabou.
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