Eram duas irmãs. A mais nova ganhara a exatamente três
semanas seu adorável porquinho-da-índia. Colocava-o no quintal, beijava e
mimava. Numa sexta-feira, sua mãe saiu com seu pai, e a irmã mais velha
solicitou que ela pegasse o porquinho para que pudessem brincar. Talvez fosse
nova demais, talvez meramente abobada, mas não conseguiu pegá-lo. A mais velha,
experiente, foi ajuda-la. Por um momento, um desvio de atenção, alguma delas
fora incapaz, e o pequeno caiu fatalmente.
- O que aconteceu? Perguntava a mais nova com os olhos cheio
de lágrimas.
- Você derrubou, ele bateu a pata na madeira da casinha e
morreu.
Sem tempo de entender ou questionar, a mãe chegara, e
chorando a mais nova dissera: - Matei o porquinho!
Sentimento de culpa, quem é que
gosta? Mas carregou por anos. Até que um dia, já crescida, a mais velha
confessou: - Quem derrubou o porquinho fui eu.
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